As zonas húmidas costeiras, como pântanos, tapetes de ervas marinhas e florestas de mangal, albergam alguma da mais rica biodiversidade do planeta, servindo como refúgio para a vida selvagem e também como viveiro para peixes juvenis, incluindo espécies importantes para comunidades locais e subsistência.
Ao estabilizar as linhas costeiras e servir de barreira natural contra as tempestades, estes habitats contribuem também para que as comunidades costeiras se adaptem a um clima em transformação (se adaptem as mudanças climáticas). As zonas húmidas costeiras, também apelidadas de ecossistemas de "carbono azul", sequestram e armazenam grandes quantidades de carbono no solo, desempenhando um papel fundamental na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. No entanto, as zonas húmidas costeiras estão entre os ecossistemas mais ameaçados do planeta. Ao longo dos últimos 50 anos, o desenvolvimento, a poluição e outras ameaças destruíram metade dos mangais do mundo e estima-se que 7% dos tapetes de ervas marinhas são perdidos globalmente a cada ano.
O projeto avançado de conservação das zonas húmidas costeiras baseia-se no trabalho anterior da Pew Charitable Trusts para acelerar a conservação e a gestão destes ecossistemas por meio das contribuições nacionalmente determinadas (NDCs) dos países – seus compromissos formais de redução de emissões e adaptação climática conforme o Acordo de Paris de 2015 das Nações Unidas - com foco nas regiões da América Latina, Caraíbas e Oceano Índico Ocidental.
Em janeiro de 2019, a Pew lançou o projeto para apoiar a inclusão de proteção ampla e mensurável das zonas húmidas costeiras nas contribuições (NDCs) actualizadas dos países. Nos três anos subsequentes, em parceria com organizações locais, instituições de pesquisa e os governos de Belize, Costa Rica e Seychelles, a Pew trabalhou para reforçar a pesquisa, as políticas e a capacidade financeira de cada país para a conservação de mangais e ervas marinhas. Como resultado dos esforços da Pew e de seus parceiros, os três países incluíram proteções ambiciosas das zonas húmidas costeiras nas suas respetivas NDCs para 2020-21.
Para além de continuar a apoiar esses três países, a Pew está agora a trabalhar com parceiros locais e regionais em Honduras, Panamá, Jamaica, Quénia, Tanzânia e Moçambique, prestando assistência técnica e fortalecendo as capacidades locais em pesquisa, políticas e financiamento antes das atualizações das contribuições de 2025. A Pew está também a expandir o mapeamento dos tapetes de ervas marinhas em todo o Oceano Índico Ocidental para desenvolver o primeiro mapa nacional de ervas marinhas verificado no terreno para o Quénia, Tanzânia, Moçambique e Madagáscar.
Através destes esforços, a Pew procura apoiar as nações no desenvolvimento e na implementação de metas robustas de contribuições (NDCs) para a proteção e restauração das suas zonas húmidas costeiras.